terça-feira, 1 de junho de 2010

Não emplacou

Triste fim teve o último console da Sega, o Dreamcast. O sistema foi lançado no Japão em 1998 e depois mostrou as caras nos Estados Unidos. Resultados: recordes de vendas no lançamento, 150.000 unidades vendidas em três dias nas terras nipônicas e 300.000 nos EUA. Tudo ia muito bem para um início.
Começa então a derrocada. A Sega não se preparou devidamente para atender a demanda, o que ocasionou a falta do produto por algum tempo no mercado e isso gerou um certo desinteresse. Além disso, existia um fantasma que vinha assombrando o Dreamcast, o nome dele: Playstation 2. A data de lançamento do novo console da Sony estava prevista para 2000.
O objetivo da Sega era então ganhar força até o lançamento do gigante da Sony. Desta maneira apostaram todas as fichas no Dreamcast. E pode-se dizer que conseguiram acertar na fórmula. O console era excelente e o melhor da época, com jogos que chamavam a atenção como Sonic, Crazy Taxi e o incrível Shenmue. Ainda contava com o apoio total da Capcom.
Mesmo com toda a qualidade, não foi suficiente para atingir expectativas da empresa japonesa. A rede de jogos on-line demorou para aparecer e os adaptadores de banda larga eram praticamente inexistentes. A parceria com a Microsoft não rendeu e a Sega deu de cara com a mesma decepção do Sega Saturn.
A crise foi se agravando. Começou a faltar apoio devido às baixas vendas de jogos, os jogadores ao redor do mundo não deram credibilidade ao video-game e se renderam aos charmes do PS2. A empresa lançava bons títulos mas não tinha condições de investir em propagandas.
Foram tomadas medidas na tentativa de se obter lucros, como as conversões de jogos para outras plataformas. Falha épica, já que os jogos já haviam sido lançados meses atrás e o poder de vendas já estava esgotado.
A Sega foi tentando, mas não teve jeito. Chegou o ponto em que o Playstation 2 alcançou uma liderança absurda de vendas, deixando o Dreamcast no chinelo. Conclusão: o aparelho morreu em 2001.
Hoje a Sega se dedica apenas na produção de jogos para diversos consoles.

Seu passado lhe condena

Existe aquele ditado popular: “O seu passado lhe condena”. Ele pode ser muito bem usado para explicar a falha do Dreamcast.
No início do anos 90, o Sega Saturn estava pronto para ser o melhor video-game 2D de todos os tempos. Até que… surge o Playstation, usando a tecnologia 3D. Isso forçou a Sega a lutar por novidades também.
A estrutura arcaica do Sega Saturn dificultava o trabalho dos programadores da época, o que atrapalhava o lançamento de jogos.
Além disso, a publicidade da Sega nos Estados Unidos e na Europa não foi das melhores, fazendo com que o console ficasse atrás do Nintendo 64 e do Playstation.
O lançamento do console foi prematuro, na tentativa de dominar o mercado, e ai está mais uma falha épica! A Sony teve um tempo a mais para pensar em novas estratégias de lançamento do Playstation.
A Sega ainda tentou tapar alguns buracos com edições especiais do aparelho, mas não deu mesmo.
O sucesso do Saturn apenas no Japão não foi suficiente e o fracasso comercial causou uma perda de alguns dólares para a Sega.
Motivos não faltam parar notar que a própria Sega foi a principal responsável pela morte do ótimo Dreamcast.
Não adianta, não existem maneiras de escapar de um passado sombrio, não é mesmo?

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Top 10

Os mais jogados...

1- Chrono Trigger (Super Nintendo)
2- Metal Gear Solid (Playstation)
3- Mega Man: Powered Up (PSP)
4- Super Ghouls'n Ghosts (Versão Game Boy Advance)
5- Shadow of the Colossus (Playstation 2)
6- Super Street Fighter 4 (Playstation 3)
7- Breath of Fire (Super Nintendo)
8- New Super Mario Bros. Wii (Nintendo Wii)
9- Metal Gear Solid 3 (Playstation 2)
10- Hitman: Blood Money (Playstation 2)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Fica dado o recado...


para quem curte muita drogatina.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Salve o azulão !


Desde 1987. Isso mesmo, a franquia Mega Man (Rockman no Japão), foi lançada oficialmente no ano de 1987 para o antigo console chamado Famicon (ou NES, como preferir), pela grande produtora Capcom. O sucesso foi tão grande que até hoje o azulzinho dá as caras.
O protagonista é um robô azul muito carismático, criado pelo cientista Dr. Light. Por motivos de inveja e ambição, Dr. Wily, ex-sócio de Dr. Light, rouba projetos iniciais de robôs que ainda seriam construídos. O objetivo: usar robôs para cometer alguns atos terroristas.
E é nesse ponto da história que é criado o querido azulão Mega Man, para destruir os planos do maligno Dr. Wily. Alguns anos depois, o mesmo Dr. Light criaria um robô chamado X (que originou a série Megaman X).
Mega Man apareceu em consoles como Super Nintendo, Playstation 1,2 e 3,Sega Saturn, em todos os Game Boys, Game Cube, Nintendo 64 e também pintou na nova geração (PSP, Nintendo DS, Xbox 360 e Wii). Como podemos ver, o robô azul atravessou o tempo e continua vivo.
O estilo de jogo sempre foi muito divertido. Comandos básicos e uma tela lateral. Conforme o tempo passou, vieram inovações e Mega Man apareceu em ambientes 3D, como por exemplo o Mega Man X7 para PS2 (que não agradou muito os fãs).
Além dos seus jogos, o azulão disparou alguns tiros e distribuiu porradas em participação especial no jogo Marvel vs. Capcom, e também foi estrela em Onimusha: Blade Warriors. Não é brincadeira não. Ainda posso citar o episódio paralelo de Mega Man, no qual ele decide bater uma bola, chamado Mega Man Soccer.
Além de dezenas de games, Mega Man também apareceu em um desenho animado, que chegou a ser exibido pelo canal SBT.
Para todos que curtem o bom robô azul, podem matar as saudades na edição de aniversário lançada para PS2, Game Cube e Xbox, além do excelente remake do jogo de 1987, Mega Man:Powered Up para PSP. Neste jogo, você vai encontrar a opção Old Style, um modo que é fiel ao saudoso NES e gráficos remodelados e o belíssimo New Style, com uma visão mais próxima do personagem, permitindo que você veja até as expressões faciais de Mega Man e dos inimigos, além de dois chefões finais inéditos.
Para não ficar apenas no passado, Powered Up conta com um editor que possibilita a criação de novas fases e um modo chamado Challenge( um bom desafio). A trilha sonora também merece destaque. Se optar pela versão antiga, você vai escutar músicas que remetem a um bom clima de nostalgia. Caso escolha uma versão nova, teremos um som mais moderno, seguindo a melodia original. Essa versão cartunesca foi feita realmente para deixar os fãs grudados na telinha do PSP.
Mega Man é um jogo que definitivamente merece lugar no Hall da Fama dos games. O que podemos dizer é: SALVE O AZULÃO!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Escalando montanhas vivas


Escalar gigantes de pedra, para então derrubá-los com uma espada não é uma prática muito recomendada. Porém é isso que o personagem e protagonista Wander faz durante o seu trajeto no jogo Shadow of the Colossus, lançado em 2005 para Playstation 2.
O jogo se passa em um território vasto, repleto de belos elementos chamado "Forbidden Land". Nesta terra proibida vivem 16 criaturas gigantes, chamadas de Colossos.
O jovem protagonista Wander viaja para estas terras, mesmo sabendo do enorme risco que corre, com apenas um objetivo: trazer uma garota misteriosa chamada Mono de volta á vida. É dito que em um templo chamado "Shrine of Worship" (Templo da Adoração), vive uma entidade chamada Dormin, que é capaz de trazer a vida de volta aos mortos.
Wander não pensa duas vezes e aceita fazer um pacto com a entidade. Ele deve derrubar as 16 criaturas colossais que vivem nos locais mais remotos do mapa, para então reviver Mono.
Chegar até esses gigantes não será uma tarefa fácil, já que você encontra diversos obstáculos pelo caminho, como rios, montanhas, florestas fechadas e abismos. Para ajudar na caçada você conta com um cavalo chamado Agro. Para encontrar cada Colosso, você deve simplesmente erguer sua espada em áreas iluminadas pelo sol para refletir raios de luz que indicam o local de cada batalha.
Quando você encontra os gigantes se prepare para a escalada e para uma boa estratégia. Cada um desses monstros possuem um ponto fraco e um modus operantis (um tipo de instinto que varia de um para o outro). Uns são mais agressivos e atacarão o personagem com extrema ferocidade, e outros que apenas atacam após um ataque inicial do jogador.
Para derrubar os Colossos, você não vai contar com bazucas, tanques de guerras ou ogivas nucleares. Você tem em mãos uma espada, um arco e flechas e por algumas vezes o fiel Agro. O que vale mesmo é a estratégia para escalar as enormes criaturas. Muitas vezes você será obrigado a usar os elementos naturais que o espaço lhe oferece.
Wander possui uma barra de vida e uma de energia, que é responsável por monitorar a força restante para agarrar-se em algo. Esta barra diminui conforme você vai escalando ou se agarra na criatura (você não pensou que era fácil subir neles né?). Conforme você derrota os colossos, ambas as barras se expandem, dando mais força ao personagem.
O jogo realmente se mostrou uma inovação no gênero de aventura, tanto pelos cenários de tons mórbidos, como pelo jeito que a trama se desenvolve. Você derruba um Colosso, volta ao templo de Dormim e volta a caçar os gigantes. Não existe muita coisa para se explorar além disso. Porém, a cada luta, a história pouco detalhada parece lhe instigar a continuar jogando, para então descobrir qual o final da trama.
A trilha sonora foi muito elogiada. As faixas são completamente orquestradas, porém as músicas só podem ser ouvidas em um momento de encontro com um Colosso ou em animações. Enquanto você cavalga pela região, você não ouve nada além do vento e do ambiente ao seu redor. Isto cria uma atmosfera de completa solidão.
O que deixa a desejar algumas vezes é os estilo de câmera do game, que muitas vezes se torna sua inimiga também. É muito desconfortável tentar centralizar a câmera em situações de profundo desespero.
Mesmo assim você não pode perder a chance de retalhar estas montanhas gigantes e mergulhar em um terra obscura e temível. É uma viagem sempre rumo ao desconhecido para tentar entender todos os segredos de Wander e Mono. E ainda dizem que Shadow of the Colossus tem uma conexão com o game cult Ico, de 2001. E aqui não digo mais nada, o que vale a pena é conferir. Recomendadíssimo!!!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Hadouken por todos os lados



Meia lua e soco, foi assim que os garotos do boteco do Jonas me ensinaram enquanto meu pai jogava uma partida de bilhar. Na telona do fliperama eu via um sonho, Street Fighter Alpha 2. Só que na época não era qualquer um que dominava as sequências nos controles. Precisava de habilidade.
Voltando um pouco no tempo, o meu primeiro Street Fighter foi no Super Nintendo, com o título Super Street Fighter 2: The New Challengers. Foi um dos meus primeiros cartuchos junto com Top Gear e Super Mario World.
Este Street Fighter já era uma grande evolução se comparado aos seus antecessores. É só lembrar do primeiro jogo da franquia: os únicos personagens disponíveis eram os protagonistas de sempre, Ryu e Ken Masters, que tinham de viajar pelo mundo e enfrentar lutadores alternados. A sequência se mostrou um sucesso estrondoso. Street Fighter 2: The World Warrior, de 1991, disponibilizou oito personagens jogáveis e popularizou de vez o estilo dos jogos de luta da Capcom que cativou muitos na década de 90. Ainda vieram em 1992, as versões Champion Edition e Hyper Fighting, com algumas mudanças.
Em 1993, SF2: The New Challengers modificou mais ainda. Vieram de bandeja quatro personagens novos, alguns golpes que inovaram, como o hadouken de fogo e cinco cores diferentes de uniformes para cada personagem. A parte sonora também havia sido remodelada.
Era difícil me tirar da frente da televisão quando a pancadaria rolava solta. Queria aprender o macete para dar aqueles golpes pela tela.
É exatamente ai que quero voltar para o bar do Jonas. O jogo já era outro. A série Street Fighter Alpha era bem diferente do que eu estava acostumado no SuperNes. Os gráficos eram diferentes, personagens que eu nunca havia visto e o maior impacto para o pequeno garoto caseiro: os movimentos especiais. A garotada gingava a mão de um lado para o outro e disparavam um poder que tirava o dobro de energia do adversário.
Ficava curioso e olhava atento para as mãos dos jogadores. Até que eles me chamaram para a rodinha. "É fácil alemãozinho, é meia lua e soco para disparar um Hadouken". Meia lua? Era algo muito difícil para uma criança de sete anos. Então me apontaram uma lista de comandos no topo da máquina. E foi fácil. Logo eu disparava os conhecidos Hadoukens na cara de todo mundo. Logo assimilei que duas meia luas e soco... sim, um golpe especial!
Chegando em casa foi aquela euforia. Cartucho no videogame e joystick na mão. Fiquei impressionado, os golpes saiam como se fossem mágicas.
E os anos passaram, passaram e eu continuei com os Hadoukens. Hoje a série Street Fighter deu um grande salto tecnológico com o jogo Street Fighter 4, lançado para Playstation 3, Xbox 360 e PC. Com lutas insanas no formato 3D, uma trilha sonora completamente remixada, o clássico joystick com seis botões e movimentos novos como o Focus Attack, o jogo rapidamente caiu nas graças dos antigos e até dos novos fãs.
Mesmo com tantas inovações ao passar de cada versão, eu não posso perder a chance de desferir alguns "Meia Lua e Soco" na galera do cotidiano.

CUIDADO COM O CHARLES (2)



Você morreu mais uma vez. INSERT COIN!