segunda-feira, 3 de maio de 2010

Escalando montanhas vivas


Escalar gigantes de pedra, para então derrubá-los com uma espada não é uma prática muito recomendada. Porém é isso que o personagem e protagonista Wander faz durante o seu trajeto no jogo Shadow of the Colossus, lançado em 2005 para Playstation 2.
O jogo se passa em um território vasto, repleto de belos elementos chamado "Forbidden Land". Nesta terra proibida vivem 16 criaturas gigantes, chamadas de Colossos.
O jovem protagonista Wander viaja para estas terras, mesmo sabendo do enorme risco que corre, com apenas um objetivo: trazer uma garota misteriosa chamada Mono de volta á vida. É dito que em um templo chamado "Shrine of Worship" (Templo da Adoração), vive uma entidade chamada Dormin, que é capaz de trazer a vida de volta aos mortos.
Wander não pensa duas vezes e aceita fazer um pacto com a entidade. Ele deve derrubar as 16 criaturas colossais que vivem nos locais mais remotos do mapa, para então reviver Mono.
Chegar até esses gigantes não será uma tarefa fácil, já que você encontra diversos obstáculos pelo caminho, como rios, montanhas, florestas fechadas e abismos. Para ajudar na caçada você conta com um cavalo chamado Agro. Para encontrar cada Colosso, você deve simplesmente erguer sua espada em áreas iluminadas pelo sol para refletir raios de luz que indicam o local de cada batalha.
Quando você encontra os gigantes se prepare para a escalada e para uma boa estratégia. Cada um desses monstros possuem um ponto fraco e um modus operantis (um tipo de instinto que varia de um para o outro). Uns são mais agressivos e atacarão o personagem com extrema ferocidade, e outros que apenas atacam após um ataque inicial do jogador.
Para derrubar os Colossos, você não vai contar com bazucas, tanques de guerras ou ogivas nucleares. Você tem em mãos uma espada, um arco e flechas e por algumas vezes o fiel Agro. O que vale mesmo é a estratégia para escalar as enormes criaturas. Muitas vezes você será obrigado a usar os elementos naturais que o espaço lhe oferece.
Wander possui uma barra de vida e uma de energia, que é responsável por monitorar a força restante para agarrar-se em algo. Esta barra diminui conforme você vai escalando ou se agarra na criatura (você não pensou que era fácil subir neles né?). Conforme você derrota os colossos, ambas as barras se expandem, dando mais força ao personagem.
O jogo realmente se mostrou uma inovação no gênero de aventura, tanto pelos cenários de tons mórbidos, como pelo jeito que a trama se desenvolve. Você derruba um Colosso, volta ao templo de Dormim e volta a caçar os gigantes. Não existe muita coisa para se explorar além disso. Porém, a cada luta, a história pouco detalhada parece lhe instigar a continuar jogando, para então descobrir qual o final da trama.
A trilha sonora foi muito elogiada. As faixas são completamente orquestradas, porém as músicas só podem ser ouvidas em um momento de encontro com um Colosso ou em animações. Enquanto você cavalga pela região, você não ouve nada além do vento e do ambiente ao seu redor. Isto cria uma atmosfera de completa solidão.
O que deixa a desejar algumas vezes é os estilo de câmera do game, que muitas vezes se torna sua inimiga também. É muito desconfortável tentar centralizar a câmera em situações de profundo desespero.
Mesmo assim você não pode perder a chance de retalhar estas montanhas gigantes e mergulhar em um terra obscura e temível. É uma viagem sempre rumo ao desconhecido para tentar entender todos os segredos de Wander e Mono. E ainda dizem que Shadow of the Colossus tem uma conexão com o game cult Ico, de 2001. E aqui não digo mais nada, o que vale a pena é conferir. Recomendadíssimo!!!

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